quarta-feira, 8 de março de 2023

Ensaio sobre a morte

 Acordo às 6h para o dia estrear

Alguns passos apressados

Sobre os trilhos caminhar.


No pôr do sol vou contrariar

Olho no térreo a aproximação

Do luar, dando ao Sol um até já.


A noite é hora de voltar ao lar

A bagagem cada vez mais cheia

Vale a pena hoje descarregar?


E quando deito me pego a pensar

Como é tênue a linha do amanhecer

E a proposta de apenas ensaiar.











sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Como era

 Um rosto no horizonte
Com multiplas faces
Era assim que costumava ser
Aguava jorrava da fonte
Dava para se afogar no raso
Ou escolher a hora de beber 

A junção de todos vocês 
Tornou-se uma pessoa só 
Alturas diferentes
Medo que costumava ter
Espaços divergentes
Claustrofobia tátil sem ver

Girando em círculos 
De encontro e contra
Por horas perdidos 
Por horas fingindo
Que por horas
Mera extensão de segundos.




domingo, 13 de fevereiro de 2022

A shot in the dark (exist)

Não tivemos saída 

Fomos obrigados a nos mudar

Não existe mais o planeta

Que costumávamos explorar

Chamando-o erroneamente de lar.


Vim para cá buscar uma nova esperança

Tal qual um determinado cometa

Em busca de um novo local para habitar

Serei eu o objeto da mudança 

Mas avistei assim que me pus a andar


Rios envenenados pela ganância 

Frutos avermelhados em árvores pretas

Novas vagas em covas rasas

Seres em diferentes tons de azul

Uns cores de céu, uns cores de mar

Sem uma alma lunar para unificar


O que eu não sabia e que era de se esperar

A humanidade adoece em qualquer lugar

Não há respostas no núcleo da Terra

Mergulhei tentando encontrar

Como fazer essa multidão repensar.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Algo só de nós 2

Quanto tempo demora para despertar

Tempo suficiente para não se esquecer

Que rabiscar os meses em novas cores

Funciona tão bem quanto escrever.


Deixar sair da sua alma a última gota

Os medos, as inseguranças e os outros

Extravasar sem grito e mudo, mudar

A rota do caminho aos poucos.


Convido a pegar minha mão mais uma vez

Dessa vez para sairmos dessa altura

Que nos desestabiliza e faz suar frio

Evitando qualquer queda prematura.


Seja no bloco de notas, seja no caderno

Molhando o teclado ou rasgando o papel

Deixa a bateria descarregar ou a folha acabar

Se a voz falhar e a mente querer imitar, e assim também escancarar


Que a era de super-heroína acabou

Junta a T, a O, a P e a S, e todas que em você possa comportar, pois

Te convido a transformar as fraquezas

Em algo só de nós dois.

domingo, 24 de janeiro de 2021

Epílogo

Letras subindo

Público aplaudindo

Quando ouve-se um apito

E uma voz no fundo que diz:

- Agora tudo de novo!

Na ponta do penhasco

A árvore tomba a direita

Transforma-se em caminho

Sem açoite do carrasco

No afogar oceânico

Destampa-se o ralo

A água escorre

E consigo todo o pânico 

E quando as palavras se calam

Um visconde habituado

Por anos condenado

A prisão de vírgulas, pontos e parágrafos

Salta das páginas virtuais

Na placenta de um novo prólogo

Não existe melhor prova

Que enfim desconstruir nos renova. 


(Semipiterno)


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Regressão progressiva

É o começo do fim dos tempos
Eis uma história versada
Dos dias que até são atuais
Contada por uma vida passada.

As ruas estão cheias de ideias
Palanques em peças de teatro
Braços para trás, mãos para o alto
Um retrato vivo de 64.

A pele se distância cada vez mais
Punho erguido com o fechar da mão
A voz abafada aumenta o volume
Lave-se com lágrimas e sabão.

E nessa fenda espaço-tempo seguimos
Contaremos a nós mesmo no final
Que fomos caçados e quase extintos
Segurando placa numerada de marginal.


segunda-feira, 13 de abril de 2020

Dualismo laico

Quando fui o bem
Conquistei mais do que eu pedi
Mas morri
Tão rapidamente que nem senti.

Quando fui o mal
Assoprei meu próprio pavio
Mas morri
Para alguns já era hora, para outros, tardio.

Quando fui Deus
Me questionavam porque de todas essas idas,
Mas também morri,
Com a ausência de fé em tantas vidas.

Neste mundo maniqueísta,
Descobri que sou humano,
Com mistura difundida no sangue,
Mas sei que morri,
Não ficaria de fora desse ato profano.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Em bordas emoldurar

O reflexo da tela não mentia
A paz que pouco inalava
Não era causa de empatia
Pedidos de ajuda por telepatia
De presente se embalava
Queriam sempre outra fatia.

Os dedos insistiam arrastar
Para o lado ininterruptamente
A parte perfeita que quis mostrar
Buscando atingir mais gente
Copos suados em mesa de bar
Mãos cansadas de mais pra clicar.

Mais que podia, se entregava
Agora pouco importa
Quase mais não estava
Onde queria estar,
Alimentava sua rede
Sem conseguir se alimentar
Sem pregos na parede
Para se prender
E apenas admirar.

A tela trinca
A alma esvaece
A mente esquece
As fotos de quinta
Felicidade extinta
O céu escurece
Bom senso prevalece
Transborda tinta
Autorretrato não se pinta
De quem se desconhece.








quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Relações liquidas

Ilhado nessa multidão
Pessoas que não acabam mais
Eu me sinto neutralizado
Sem saber do que eu sou capaz.

Nessa desordem marítima
Pessoas não se escutam mais
Eu me despeço apressado
Ainda remo ao sólido cais.

...

Relações liquidas em vão
Escorrem pelos dedos
E evaporam, antes de atingir o chão.

Relações cíclicas vem e vão
- Como você está?
Perguntam apenas por educação.

E nas nuances da sensatez
Barcos firmes se constroem
Para flutuar em toda essa liquidez.




sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Piano Blues

Já ouço o som das teclas de piano
Silenciadas por seus híbridos sussuros
Que aos pés dos meus aquecidos ouvidos
Me contas teus desejos mais impuros

Muitos deles dos quais já conheço
Alguns, em mente, já até realizei
Mas não trocaria seu toque real
Por histórias que eu mesmo inventei

Me ensine a dançar sua música
Prometo que não terei objeção
Já que nesta noite querida
Seremos apenas nós neste salão

Quando chegar a hora da partida
Não teremos mais nada a perder
Então neste caminho não precisa me guiar
Já que nas vielas do teu corpo eu sei percorrer.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Fagulha letárgica

Eu já não estou mais
Presente nesse quarto
Já não calculo o tanto faz
Escorado em todos os erros

O sentido que existe
Por trás das fotos
Que recusei tirar
ainda aqui persiste

O rolo deste filme
mostrará que ele
Não é instantâneo como
O puro reflexo do olhar

Um SOS na areia da praia
Uma bandeira branca
Que a onda leva
Que o tiro dá

Somente em sala vermelha
O negativo vai se revelar
O que agora é apenas centelha
Ainda sem forças para incinerar.







sexta-feira, 29 de março de 2019

Gibi de 2 em 1

Te citei uma única vez
Mas eis que não perguntei
Se conseguia de fato ler,
Resposta que não mais terei

Chegou em raios de intensidade
E na mesma velocidade se foi
Deixando marcas nas paredes e
Na pele, camada de cima, a de verdade.

Larguei a poesia, tamanhos os rabiscos
Que habitam em meu corpo
Buscarei quem molha aos chuviscos
E pense incessantemente antes de ir
Com paciência para ler o que sobrou de mim, retalhos, de um inédito gibi.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Manhãs de quarta

Lá se vão nove anos
nove caminhos diferentes
escolhas convenientes.

Se os dedos estão calejados
de reviver histórias imortais
repletas de dias normais.

A alma abraça o recomeço
sem saber o que tem por atrás da porta
nem nas manhãs das quartas-feiras
se as terei por dias, horas ou semanas inteiras.

É o encontro do grito das palavras
com a suavidade da sua sonoridade,
do olhar linear e fixado sem acreditar
no destino que este quarto está a nos levar.

Até que o sol ilumina a cortina,
logo após um dilúvio de inundar
toda a vontade de rebobinar a hora
para que a chegada tome o lugar do 'ir embora'.




terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Empátheia

A diferença que nos separa
É o que chamam de imposição
Cada olhar torto adiciona
Uma nota em minha voz
Em todo o discurso a favor
Seja lá pelo o que ele for.

O incômodo se minha pele rabisca
De preto seus braços de pano
A cada toque, ainda desejando
Viver comigo um dia inteiro
Sob a espreita dos olhares
Tudo o que não viveu em um ano.

Reclama de quem seguro as mãos
Se questionando com quem
Quero ou não passar meus verões
Se presenteio com vestido ou terno
Mas não se importa do frio
Que faz quando se está sozinho no inverno.

O som que eu faço
A comida que eu como
Se rezo, oro ou se sou profano
Falo errado, não conjulgo verbo
Se acredito em um, dois
Nenhum ou em um milhão
Sou o Deus que eu quero.





segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

As vozes de um sussurro

Dois seres em um só lugar
Ora o sorriso a fazia imergir
Ora os punhos puxava a força
Antes que pudesse sufocar
Só para assisti-la quase afogar.

Em nova chance pra ti classificou
Tal ato como deslize
Algo tão pequeno
Que a alma sentia a dor
Revestida de perdões e cicatrizes
Mas mesmo assim não queria reencarnar.

As marcas começaram a desenhar
Uma história repetida e por muitas
Sussurrada aos pés dos ouvidos
Mas que precisava ter voz
Para aos quatro ventos gritar.

Em nova chance pra si classificou
Tal ato como o último
Algo tão grande
Que a mente pediu socorro
De tudo aquilo que o corpo
Não conseguia mais aguentar.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Herói do sertão

São tempos difíceis
O solo não floreces como outrora
Todo esse tapete de escama
Nos faz andar sob as águas
E em sua ausência, por calefação
A seca na garganta te chama.

Riem do meu sotaque
Riem do meu gestual
Sou ignorante pelo tom
E pelo ruído do meu atabaque
Mas nessa inquisição
A minha fome é consensual.

Mas Maria, mal sabem eles
O quanto é bão'
Nadar contra maré nesse mar seco
E rasgar a terra com os dentes,
Se soubessem, Maria, eu não seria
O único herói desse sertão.


sábado, 20 de outubro de 2018

Réquiem

Alguns meses se passaram
E eu não consigo mais esperar
A ansiedade me consome tal qual
Um gavião em seu próprio ninho
Conto as horas para ver teu olhar.

Quero ensinar tudo o que sei
E aprender tudo que faltou
Mas por hora quero cantar
Uma antiga canção que cantava seu avô 
Sem importar se a letra vamos errar.

Coloco a moldura em volta desse espelho
A altura está boa? Consegue se ver?
Esta parte sua me pertence
Com o tempo você irá perceber 
E se lembrar de antigamente.

Quando invertemos os papéis
Era a sua voz a cantar
E eu, confesso, demorei a aprender 
A letra que repetida vezes
Ficava em minha cabeça.

Mas se juntos estamos novamente
Devemos aparar todos as farpas
Que nessa moldura se encontram
Quanto ao reflexo, eu sei, está diferente
Recomeçamos outra, de várias etapas.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O ar rarefeito do sexto andar

Têm dias que nada da certo
Dias que é preciso bater o portão
Cada vez menos felino, um pouco mais de cão
Essa atração ainda nos mentem por perto

Mas lá vem você novamente
Dando teu nome a um furacão
Redefinindo os fenômenos naturais
Mas como? Com esses olhos sorridentes?

Decidi jogar esse teu jogo complicado
Os botões do controle enferrujados
Chegamos a níveis inimagináveis
Estes raramente desbloqueados

Te apresentei músicas em rodízios
Fiz poesia sobre o seu eterno amigo
Estendi minhas mãos sem intenção
Mas o corpo e a alma foram juntos
Assim como rima e toda a sua metrificação
Ah, e as noites, mais ainda as manhãs, me fazem esquecer do espaço entre os versos
Mesmo que dessa vez menos complexos
Enquanto espero teu bravo-doce olhar
Que tendem a vir em minha direção
Respiramos o ar do alto do nosso sexto andar.
E se nada somos, nada seremos em forma de poesia.

sábado, 30 de junho de 2018

Página 181

"... Passei minhas mãos pelos seus braços, e pude sentir por completo, para a minha tristeza, até demais. Barbantes amarravam meu objeto de desejo passional. De forma receosa evitei ao máximo olhar para cima, temia ver o que estava a controlar quem jurei de mãos juntas amar.

Decidi continuar a viver como se não houvessem amarras. Conheci um pouco mais dos seus maiores medos, em alguns até ajudei, mas confesso que em outros provavelmente parte desses medos me tornei. Porém um momento mudou tudo. Foi quando novamente tentei tocar suas mãos, mas elas se retraíram em forma de negação. Voltei a ver o barbante, mas dessa vez o vi esticado, forçando para o lado oposto ao meu. Um outro alguém tinha o controle.

Foi nesse exato momento que percebi que não poderia ser mais forte do que esse barbante, que agora se fortalecia feito um arame. Como em um ato de desafogo, peguei a tesoura, estiquei a corda e me pus a corta-la. Assim pude me distanciar, e enxergar melhor. De uma forma que antes, preso a este ser não pude avistar. O barbante que cortei estava preso a mim, e sei que eu mesmo coloquei. Mas abri mão, pois a força de quem controlava estava prestes a me levar.

Deixei ir, com pesar, mas não queria ser iludido em uma história que estivesse na eminência de a qualquer momento das minhas mãos escapar."

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Le héros du Finistère

As necessidades ainda são as mesmas, como a de sobreviver nessa guerra fria, gélida e invernal. Meu amor, não te preocupes prometo aumentar os envios de cartas como estas, para que saibas que não congelei em meio a esse mar que ora é calmo, ora turbulento. Saibas que os pensamentos me aquecem, são brasas que ressurgem de tempo em tempo, como quem tornou esta embarcação em seu templo. Queria que estivéssemos daqui 100 anos para que eu pudesse ler tuas cartas em um aparelho que ainda vão inventar, chegando de forma quase instantânea. Me surpreenderia se mesmo com todo aparato tecnológico demorasse tanto a me corresponder, duvidaria de teus sentimentos, mesmo que sejam idealizados mais por quem vos escreves do que por você. Talvez seja a maré que subitamente tenha diminuído, minguou tal qual a lua que ilumina este amarelado papel para que eu possa transcrever distúrbios de um jovem viajante. Vou precisar por aqui encerrar, os ventos fortes começaram, é hora de nos distanciar, mesmo acreditando que seria melhor esta tempestade enfrentar. Acredite. O sangue corre em ritmo diferente agora, talvez seja o efeito que você ainda me causa. Tudo bem, eu sei, eu sei que já escrevi muitas cartas endereçadas a diferentes destinos, mas quero que saiba que também foram enviadas de diferentes remetentes. Uns que viviam no espaço, outros que vivam em até outra dimensão, há quem tenha derrubado muro com o próprio punho que utilizava para poetizar, há quem tenha construído uma ponte para te trazer a este lado, e há quem apenas queira viver como um inspirado Visconde de um distante e ilusório povoado.

Avec amour,
Mer d'Iroise, 22 mars 1948.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Contorno da alma

Ahhh, se a perfeição
Não fosse objeto de desejo
A raça estaria salva
Toda a crucificação
Daria lugar ao cortejo
No contorno da nossa alma.

Pela frente apenas um degrau
Que chamaríamos de gente normal
Quanto mais alto chegarmos
Melhor seria a prova cabal
De que o erro em repetição
Nos torna menos seres de orgulho
E mais seres de imperfeição.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Instrumento de voo solo

Poderia ter sido uma despedida
Essas palavras poderiam nem serem ditas
Uma história há muito repetida
Demorei mas enfim consegui enxergar
Através desse sorriso, dessa alegria
Uma vontade no canto da boca
Parecia querer transbordar.

O peso desse mundo
Estava prestes a te dobrar
Escondi as lâminas
Isolei todas as músicas tristes
Não te deixei caneta e nem papel
Não houve despedida.

E ainda fui além...
Mostrei as cores mais vivas,
Os sons do bater das asas dos pássaros,
Assim como a dificuldade de se manter no ar
E que nem por um segundo
No alto, essas asas deixam de plainar.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Luz do farol

Decidi me eventurar
Teus expressivos olhos
Me propus a decodificar

E entre olhares
Faltava apoio aos pés
Me transportava a novos lugares.

Nas tuas telas brancas
Derramei toda minha tinta
Linear como palavras francas.

Uma obra de arte
Com molduras de preocupação
Cercavam também a terceira parte.

Em rápida aceleração
Antes de conhecer a parede
Tal quadro encontrou o chão.

A decisão mais irracional
Me faz querer deitar ao seu lado
E ver a vida de uma maneira horizontal.

Tal qual o por do sol
Que assiste na ida e na volta
Me propus a ser farol.





quarta-feira, 28 de março de 2018

Condizionale

Não é mais condicional
A certeza está cada vez mais presente
E enquanto a alma em meu corpo
Estiver por si só aderente,
Toda essa escolha será opcional
Os erros serão apenas limitações
De quem busca algo maior.
Justificar o amadurecimento
Da pele que ganha novos traços
Das marcas que já se apagaram
Mas insistimos em reacender
Tal qual outra chama no céu
Em um novo amanhecer
Até que a luz do dia
Em teimosia, se recuse a nós,
Se oferecer
Ou até que fechemos as persianas
Ainda a nos esconder.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

D. Juanismo

Disse palavras que você queria escutar
Desde aquela última nota musical
Não cantei mais nenhuma música
Que te fizesse no ritmo dançar.

Pesquisei sobre você em suas próprias frases
Provei todos os seus gostos
Até aqueles que você menos gosta
Fiz da minha espécie raridade

No momento em que encerramos essa nossa conversa
Seu olhar interpreta cada letra que eu escrevi
Um olhar fixo, sem nenhuma pressa.

De onde eu venho chamamos de dúvida
Um sentimento que pouco conhecemos
Mas que queremos abraçar
Para dar algum sentido a essa dúbia vida.

Agarre-se firme nessa interrogação
Quando menos esperar seus dedos
Não serão mais capazes de segurar

Enquanto eu estarei no pé do teu ouvido
Lendo tua biografia, relendo seus passos
Tirando o mais belo de um último sorriso.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Jogo pra dois

Sei o quanto é arriscado
Esse jogo de sedução 
Com um olhar velado
O corpo em erupção 
Essa é a melhor parte
Ser correspondido ou não
Ouvir todas as palavras que diz
Entender poucas verdades 
Ou viver de ilusão.

Como estamos dispostos a jogar de novo?

Reclamamos dos machucados
Causados por esses atos no passado
- Mas dessa vez será diferente!
Frase tão recorrente da minha mente
E mais uma vez o futuro se repaginou
E entre vindas, ficamos frente a frente
Mas se for com você eu vou, eu vou!

"É que eu sou fraco, frágil, estúpido para falar de amor..."


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Retratos de papelão

Foi observando a dor do outro
Que deixei a minha guardada na estante
Foi pensando em pendura-lo em um quadro
Que percebi o quanto somos errantes.

O peso de ambas as dores
Mal cabia comparação
Objetos cortantes sem pudores
Histórias de gibis feitas em papelão.

Pintor dessa curiosidade que me consome
Desafiei a lógica e todas as leis
Mal aprendi a grafia do teu nome
E eu achando que sabia demais aos vinte e seis.

E nessa composição de imperfeições
Seguimos mudando, e muito mudamos
É exatamente ai, dentre todas as combinações
Que nos tornamos mais ainda quem somos.


domingo, 31 de dezembro de 2017

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Hallelujah

No alto da plataforma
A altura pouco amedronta
O corpo que tampouco respira
E que com a mente se confronta

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Nobreza de outrora

No muro da minha casa
Abri a alma para deixar o sol entrar
Podar as arestas que outrora estava por lá.
Não cabe mais na mochila

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Desconstruir nos renova

Da luz que cega os olhos
Entramos em uma nova repetição
Através do parto sem despedida
Dê as boas-vindas a abolição.
Saltamos do maior de todos os berços
Caminhamos em estradas que nos fazem turvar a visão.
Adquirimos amizades, cultivamos menos de um terço
Criamos laços cada vez mais afetivos
E como resultado nos vemos em um menor espelho
Com a nossa imagem e erros refletidos
Achamos um culpado, e pecamos
Contamos os segundos dos anos já vividos
Deixamos de acreditar e meditamos
Com pernas cruzadas e alma separada
Ascendemos e somos convidados a viver uma nova jornada.
Recolher, estourar, acender, fabricar.

Agora em um ambiente mais plano
Nos testamos, afirmamos, reiteramos
Construimos casas em meio ao furacão
Pulamos corda tal qual um terremoto
Arranhamos os muros com palavras de perdão
Transformamos a memória em uma única foto
Fomos expulsos, mais uma vez desse conhecido jardim
Sacudimos a árvore para ver os frutos cair
Colocamos em uma cesta e nos propomos a destribuir.
- Uma bem vermelha pra você e outra nem tanto pra mim.
Somos levemente recolhidos por longos braços
E em um novo berço, com uma nova cor
Somos semeados em desconstrução
Fruto de esperança de quem é Criador
Arrancados do tronco da renovação.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Philosophia dos últimos dias

O que nos difere
insiste em nos justificar
duas faces, uma dualidade
única digital na identidade.
... não importará, portas se abrirão, livre sangue, sangue então ...
(phi - scalene)
Um som que ensurdece
o silêncio que adormece
a alma carente de cor
enquanto o tempo envelhece.

Com estrada bipartida
e algumas esquinas inclinar
mais uma porta batida
vários vidros a martelar.
És o reflexo bifurcado
a corda em um nó apertado
usada para subir ou descer
do cume nunca antes alcançado.

Já envolto no manto
cada letra um novo clarão
projetando purificar o pranto
aumentando a distância do chão.
Alcorões sobrepostos
philosophia em profusão
Audi vocem rationis
não são brados opostos.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Tão rápido quanto um vendaval

Nascemos de forma tão natural
E vivemos conforme o destino
Fazendo escolhas que parecem boas
Esperando consequências positivas
Questionamos mais de uma vez as respostas
- Não são essas respostas que quero ouvir
Buscamos apenas por um culpado
Alguém para levar a corte
Quem poderá seu o réu?
Por outro lado,
Não queremos ser o juiz maior
Aquele que dá o veredito
Quem se comprometerá
A desafiar o conceito de correto?
Olhamos para o alto para tentar encontrar
Forças que nos leve mais a frente
Com passos cada vez mais fortes
Mas a cabeça fica pesada
Quando fazemos a escolha errada
Culpamos o orgulho, o ego, o instinto
Tantas definições para fazer de armaduras
E essas definições pesam como aço
E quase paralisam as pernas
Que a curtos passos imploram
Não querem voltar atrás
- Andar tudo o que já andei
Não há nada de novo nessa estrada
E quando esperamos outros novos caminhos
Também de forma tão natural
Partimos
E tudo fica mais leve que o normal
Que o som do vento num sopro
Nos arrasta para todos os destinos
De forma tão arrebatadora quanto a de um vendaval.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

quinta-feira, 13 de abril de 2017

O próprio reflexo no brilho da espada

Não precisei de sol se pondo
Para a beleza da vida enxergar
Já que a partir deste ponto
Minha conciência evoluiu em luar.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Paladar em relevo

Se eu estivesse preso em uma cadeira
Brigaria com as minhas pernas
Iria querer caminhar nessa estrada
Apressar os passos até te encontrar.

domingo, 12 de março de 2017

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Labirinto de vento

Seguimos nesse labirinto cheio de versões
e a cada passo que por ele é dado
aumenta ainda mais essa distância
e direciona de forma inversa os corações.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Extremis

Nada é mais frágil que a vida
Uma inerte linha de vento
O limite e último ato dessa cena
Em um papo interminável de momento
O impacto na rocha de uma pena.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Geografia da alma

A essa hora eu já conseguia ver
A raiva que em seus olhos irradiava
Por mais que eu perguntasse
O que estava acontecendo
Eu não teria conseguido respostas.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Notas de um júri popular

Toda vez que aumento o som
Ecoa em meus ouvidos
Uma mistura de canções
E em uma só levada
Me atira pro alto sem proteção.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Pagadas no ar

Eu não deveria me preocupar
Se chegaremos até o final
Ou se o ar será suficiente
O se a falta dele é normal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Auto-vingativo

Essas tragédias particulares
Ovacionando os errôneos
Eventos espetaculares
Quase nunca espontâneos
Construir um erro
E com o dedo mirar
Um único receio
Em qual parte acertar
No peito a verdade
Entre as pernas anseio
Incalculável maldade
No gole um desejo
Vozes sem ruidos
O cúmulo do absurdo
Tampar os ouvidos
Para não ouvir
O meu eu-lírico
Que é um pouco de tudo
Já obrigou e quis servir
Mas que hoje é apenas mudo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O cometa mais veloz da constelação

Luz clara, sem escurecer
Do pranto vim-te sorrir
Enfim meu corpo se fez esculpir
O elo de ligação não há de desaparecer.

Os sons estranhos
Que antes não faziam sentido
Agora não me deixam mais perdido
Como as cores do seus olhos castanhos.

Guerreiros como eu
Sem armaduras, sem nada
Já com a pele dilacerada
Tomavam para si o que era seu.

Queria eu ao ápice chegar
Ver meu teto escuro embranquecer
Ter a chance do meu nome esquecer
Em cadeira de balanço aconselhar.

Mas vejo o teto no chão caído
Sinto que fui a melhor opção
Como o cometa mais veloz da constelação
Com o itinerário invertido.

Quero ser os anéis de planeta
Para equilibrar toda a velocidade
Que um dia todos cheguem a eternidade
Como quem começa meteoro e termina cometa.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Ranger dos metais

No ritmo acelerado
De uma nação
Que ora é banhada por rios
Ora é esquecida no sertão
Como ganhar com 2 de copas
Um rei ou um valete
Sem que os pés afundem o chão?
Só sendo metade robô
Que um dia enferrujou
De água que se banhou
Em ultimato para lavar 'alma
De quem não precisava ter
Para fazer da vida, ilusão.
Sem conseguir envelhecer
Teve que reinventar e agora
Joga cartas para vencer
Ou para o futuro prever
Ainda faz chover e inunda
Mas também seca
Em uma sede profunda
Culturalmente ainda é plural
Mas não sei se os ouço bem
Não escuto os "s" no final
Ou a voz que está enfraquecida
Ou a ideologia de quem prega
A sonoridade da sociedade
De que anônima
Só a definição
Do que é pluralidade.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Disfarce de invasor

Esquisitice de ser humano
Queremos o poder de pintar o céu
Mas furtamos por baixo dos panos
Roubamos uma cor mesmo sem ter pincel
Se precisarmos conquistar
Teremos que ter nossos direitos

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Histórias marcadas

Um mundo em desaceleração
Muitos muros a escalar
Restaurar os elos mais impuros
Muito mais que fingir preocupação.

domingo, 23 de outubro de 2016

Quid opus vincere bello?

Podem não achar tão incrível
Ou não querer de pé aplaudir
Se tornará um mártir quase invisível.

- Abaixar a guarda!
- Esconder os escudos!
- Será dada a largada!

Erros que latejam no lobo frontal
Que destroem a esperança humana
Retalham lentamente a espinha dorsal.

Se serei soldado, vou querer explodir
Fatos vertiginosos e que enganam
Nos fazendo concordar para coexistir.

Se serei inimigo, vou querer valorizar
A quem estiver ajoelhado a minha frente
Todos os meus dedos, um a um, apontar.

Se serei só por, mais uma vez, ser
Vou inventar desculpas para afogar
O orgulho no paladar para em só um gole beber.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Colecionador das cores do teu ser

De tantas artes que poderíamos ter
Escolhemos a mais incomum
Entrelaçar minhas raras palavras
Com a essência do teu ser
Sem que houvesse nenhum porquê
É possível explicar
Toda essa intensidade?
Não há rótulo maior
Do que não se rotular
Ultrapassar a linha
Viver dia após dia
Não saber o que encontrar
Nem mesmo o tom do batom que usará
Já que hoje completo seus passos
Para reformular os jardins
Esperar uma flor desabrochar
Decidir entre anjos e querubins
Lentamente sua armadura tirar
Ver por trás do que quer impor
Mostrar ao mundo o que
Apenas juntos fomos capazes de externar
E por tudo isso essa foi a única forma
De eternizar em mais bela arte
Que ultrapassará o tempo
E será sentida por toda parte
Só assim fará todo sentido
Laranja, rosa e amarelo misturar
E fazer brotar dentro de si
Antes de assistir a página virar
Abusar da metáfora para resumir
Tudo aquilo que ainda não conheci
Mas que aqui prometo conhecer
Mesmo que seja preciso
Outras palavras como estas escrever
Roubar de seus livros mais flores
Para tudo completar e então
Poderei eu por completo
Tuas cores colecionar.



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Delinquência corporal

Quem sou eu para questionar
Que horas o sol vai
Que horas o sol vem
Que corpo ele vai sombrear

Em um século avançado
A cor da pele ainda
Influencia em decisões
Os corpos são assombrados

Ficou fácil repreender
A mente que certa está
Vista por dentro ou fora
Propomos tudo perder

Viva em rota circular
Não deixem intervir
Que tirem a verdade
Para manter o paladar

O corpo se afasta
Em rápida resposta
Ora a alma derrete
Ora só se desgasta.

O corpo apenas reflete
Todo apontamento
Que ora faz vestir
Ora do corpo se despe.



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

7/4

Tentamos muitas vezes
Atravessar as retinas dos olhos
Mesmo sem acertos e certezas
Nós nos atrevemos a seguir
Todos os lados do olhar

terça-feira, 20 de setembro de 2016

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A última dança

Prólogo

Em um tom de despedida
Sob forte sentimento 
De emoção
Estendo a minha mão
Ela deseja você
Deseja que a segure
Bem forte e 
A deixe guiar
À minha direção

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Retórica

Hoje o sol não apareceu
Não apareceu para te mostrar
A fraqueza que é sentir falta
De quem muito se faz presente

terça-feira, 9 de agosto de 2016

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Refém de quem?

Dez anos se passaram
E você ainda está sob minha mira
Envolta em meus braços
Dizendo ter vivido uma mentira.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Compatível

É um fenômeno da natureza
Rabiscar nossa história
Na minha mente, rara beleza
Antes que tudo evapore.
Um desperdício de tempo
Resgatar um corpo estirado
Sobre uma cama de vento
Enquanto comete acertos.
Meus órgãos vitais
Buscam a cada segundo você
Compreenda meus sinais
Propôs essa função exercer.
Questione o azul do céu
Quanto mais difícil
Colar um a um o pedaço de papel
Sem deixar aparecer cicatriz.
Farei teu corpo chover
Engasgar antes
De outro gole beber
Diretamente da fonte.
Enquanto teu sangue correr
E o músculo enrrijecer
Cubra a ferida, faça com que estanque
Não haverá parto para nascer.
Me faça dos erros seu doador
Não quero meus olhares esconder
A menos que sejam escondidos por você
Seja qual for a dor, não tenho mais o que perder.


terça-feira, 21 de junho de 2016

Orgulho eleito

Ontem peguei-me pensando
Revivendo outras histórias
Que aqui nesse teu leito
Hoje são mais do que vitórias.
Você dizia que muito errei
E todas as vezes não teve resposta
Não que eu não reconhecesse
Algumas vezes até concordei
Mas o que eu iria dizer estava aquem
Ou gostaria de ouvir o que te convém?

Ah se esse teu leito falasse...
Eu não seria traidor
Eu teria abrigo
Eu não seria um complicador
Eu teria a razão comigo
Eu não falharia mais
E você não mais dormiria
Nesse leito que hoje tens dormido.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

terça-feira, 10 de maio de 2016

domingo, 10 de abril de 2016

domingo, 6 de março de 2016

Eterno joule

Lembro de quando tornei-me para-raios
Tropecei lentamente em público
E as palmas calaram e ecoaram
Por todos os lados calando-se a voz.

sábado, 5 de março de 2016

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Teoria evolutiva dos corais

A caixa que guarda os momentos
Encontra-se atualmente vazia
Despido de lembranças
Vivo esperando a noite virar dia
Enquanto sigo com minhas andanças
Colhendo segundos de suplementos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

12° dia

Saúdo-te pelas manhãs
Faço-te parte de minhas inspirações
Não há outras maneiras
De transformar-te em religião.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

domingo, 13 de dezembro de 2015

Uma letra trocar

O ano em seu fim
Pensei que eu não iria mais criar
Mas as coisas não acontecem por acaso
Histórias não terminam sem começar

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

sábado, 14 de novembro de 2015

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Escárnio

"Se ao menos minha lingua você falasse
Chegaríamos a uma única decisão.
Se seu corpo só não me bastasse
Correríamos em uma só direção."

sábado, 7 de novembro de 2015

Certas coisas

Algumas coisas são difíceis de entender
como fui parar nesse planeta
e como surgiu a claridade
em meio toda essa escuridão.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Eros

Adentro,
lentamente, quase um castigo
entrego minha pele às unhas
estou frente ao inimigo.
Deixo-te montar,
,
mantenha o equilíbrio
sob o candelabro no ar
enquanto eu te guio.
Sussurre ao uivar
para quem, em seu pescoço,
encontra o mais denso dos sabores,
sem cansar, sem esforço.
Peça mais de novo,
como preferir, como outra vez
multiplico o meu ser,
transformo-me em três.
Centímetros a tempo,
guarde como teu, em egoísmo
as estacas que são as mesmas
financiadas pelo fetichismo.
Cale o som que há
entre suas coxas em desaceleração,
hoje começo a devorar-te
o corpo em ampla profusão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Letal

Refiz o caminho,
para traçar rotas,
encontrei pergaminhos,
destranquei portas,
desvendei seus mistérios,
e até consegui vitórias,
derrubamos impérios,
para inventar histórias.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ponteiro eterno

Que tempo tenho de ter tempo?
Dar'me o luxo de ser atemporal.
Somos almas inerentes
À quilometragem de um vendaval.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sine Alis

Muitos querem falar de pássaros
Querem exaltar asas e penas
Não importa o ar que o sustenta
E nem se são poucos ou centenas

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

sábado, 1 de agosto de 2015

Sob o piano

Das peças brancas surgirei
Para amparar os medos teus
Em outras peças suavizarei
Para afagar anseios meus

domingo, 19 de julho de 2015

domingo, 12 de julho de 2015

Pintor de florais

Daqui do alto, não consigo mais enxergar
A sombra no chão que seu corpo faz
O vento no meu rosto me faz lembrar
Da minha busca incessante pela paz.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

segunda-feira, 15 de junho de 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Em rotação

Deixei de vez, toda sua insensatez
Lentamente viajei até Saturno
Fiz de teus anéis meu único laço
O que há de tão especial
No sideral do espaço?

domingo, 12 de abril de 2015

segunda-feira, 6 de abril de 2015

D'Art

Decidi pinta-la ao meu modo
Sem traços fortes, escuros ou claros,
Quem sabe em minhas paredes
Como faziam os primórdios.

domingo, 22 de março de 2015

Drink'

Um porre de proibição
Alguns fatos e rastros
Largados com lentidão
Causadores de brilho na constelação.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Orquestrada

Tentei procurar as mesmas qualidades
procurei evitar os mesmos defeitos,
sai porta a fora, vagando por ruas
entre choro e risos, altares e leitos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Todos os lados

Aceito o partir, por hora, por agora
estive com os olhos fechados
não vi a luz brilhar e nem a sombra
que você fazia por todos os lados.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Luz a brilhar

Lembraremos que não é sonho, nem alucinações
sabemos também que há lutas e realizações,
haverá esperança de o Sol nascer outra vez,
se algo acontecer recontaremos até dez.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Diáspora

Chegando até aqui, com poucos pedidos a pedir
fiz questão de ter tempo para desmentir
todas as historias que quis dizer
e todas que as me fariam te perder.

domingo, 28 de dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

domingo, 7 de dezembro de 2014

Beber do teu copo

Os segundos não aproveitados
voltam só para me relembrar,
que não aproveitamos tudo
o que procurávamos achar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Oito lares

As inquietas alucinações
ainda presentes nos assustam,
em mais uma daquelas noites
que as mentes nos limitam.

domingo, 2 de novembro de 2014

Fora da curva

O contrastante me fez dormir
e acordar sem ouvir sua voz,
sem outros dias como aquele
de mais pura cascata lunar, a sós.

domingo, 12 de outubro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

Riacho

Não completamos mais uma frase
não temos muito tempo agora
e olha que cada toque era tudo
o que precisávamos naquela hora.

domingo, 28 de setembro de 2014

Paradiso

Voltando para a casa
eu procurei pequenos cantos de ruas,
as transformei em camas
estiradas sobre o subsolo da Lua.

domingo, 21 de setembro de 2014

Alados

Assim que o pássaro sai do ninho
ele não imagina a imensidão e
todos os desafios que o espera,
não sabe ainda aproveitar toda essa visão.

domingo, 14 de setembro de 2014

Habitante da mente

Desde o escorrer das nuvens
A chuva aquece e desaquece
Me faz lembrar de você
Enquanto seu lábio me esquece.

domingo, 7 de setembro de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

Destempo

Talvez fosse tardio 
o nosso encontro
a armadura se armou 
e o guerreiro caiu
sem estar de prontidão
deixou escapar de sua boca
palavras raras como canção.

domingo, 10 de agosto de 2014

À parte

Pediram-me passagem,
indagaram minha saudade,
por mais loucura que seja
assistir o esvair da bondade,
quantas mentiras menti
para tornar-te verdade.

domingo, 3 de agosto de 2014

Só por querer

Não quero o que não é meu,
filhos, roupas, músicas e pessoas.
Quero sonhos diários, quero ser Morfeu,
quero viver mesmo que eu não seja mais seu.

domingo, 27 de julho de 2014

Viscondessa

Novamente não é a primeira vez,
que você me liga com dúvidas,
perguntando o que eu sinto,
sem dizer que não ou talvez.

Realmente, o que você fez?
Para conseguir essas respostas.
driblar o destino mais uma vez,
mesmo perdendo todas as opostas.

Depois de tantos amores
gigantes pequenos temores
repetiu-se o intenso frio de julho,
em meio a todos oceanos que mergulho.

Já escrevi sobre pássaros,
já contei todos os defeitos,
beijei lábios, avistei olhos,
deslizei sobre sua pele, foi perfeito.

Sabe o que nunca fiz?
Talvez por medo que aconteça,
usar tais palavras e poesias
para conquistar-te viscondessa.

domingo, 20 de julho de 2014

domingo, 13 de julho de 2014

domingo, 6 de julho de 2014

Pra tudo acontecer

Marcados pela a luz do dia
faz a cor da pele mudar, ferver
para ver mais um amanhecer,
e escutar-te dizer que já sabia.

domingo, 29 de junho de 2014

domingo, 22 de junho de 2014

Vitral do caos

Os dois lados de uma mesma moeda
não reverenciam-se entre si,
pois um sente o frio do inverno
e o outro o purgatório esquecido,
um caminha reto, o outro anda contigo.

domingo, 15 de junho de 2014

De teus traços

Desde o primeiro momento
faremos da felicidade rotina,
e nós não pediremos esmola
nem aos anjos que guiam o vento.

domingo, 8 de junho de 2014

Soldado a lutar

17 de outubro de 1922

À minha amada

Escrevo-te hoje brevemente para dizer-te que estou bem.
Para saber notícias tuas boas ou ruins, mande-me uma carta.

domingo, 1 de junho de 2014

Anjo valente

Desapego das mesmas desculpas,
libero espaço na parte interna do ser,
para lembrar e relembrar do que fiz,
seguir rente ao meio fio, perdê-lo ao andar.

domingo, 25 de maio de 2014

Em meu convés

Tarde da noite, sentado no proa do navio
que não conseguiu zarpar, para lá na frente afundar,
contando histórias de amor e terror, nem sei mais
e versos ininterruptos a noite inteira a declamar.

domingo, 18 de maio de 2014

Ô nega

Ô nega, me diga o que tu quer,
sambar no mesmo chão que eu,
já vi que não para de me olhar,
não disfarça que quer o que é meu.

domingo, 11 de maio de 2014

Feito claridade

O mesmo conto contado pelos cantos
que a todo momento vira vapor no ar,
a história que conto aos prantos,
de quem com os dedos construiu seu lar.

domingo, 4 de maio de 2014

Estatísticas perdidas

Mesmo que o chão não seja tão firme como a palma da minha mão,
e mesmo que o céu brilhe menos que os teus olhos na escuridão,
o futuro ainda irá nos favorecer, como a Áurea para a escravidão.

domingo, 13 de abril de 2014

Leito casual

Mil olhares a tua direita,
a tempestade de nuances,
estreitando minha respiração
a vínculos de romances.

domingo, 6 de abril de 2014

Olhos cerrados

Ouço teus passos sobre o assoalho
percebo seus movimentos intensos,
sinto por completo o seu abraço,
descubro o mundo num compasso.

domingo, 30 de março de 2014

domingo, 23 de março de 2014

O bailar das sombras

Bem-vinda outra vez dançarina
teu bailar te trouxe de volta
e aqui estou eu novamente
no lugar em que eu deveria estar.

sábado, 15 de março de 2014

domingo, 9 de março de 2014

Divinitatis aeternitatem

Até de seu vestido branco com laço vermelho,
que rodeava o sonho de todos, sinto falta.
Das lágrimas que a tudo banhava, até delas
eu sentirei falta, e de tudo aquilo que não volta.

terça-feira, 4 de março de 2014

Perfeita Mente

Você mergulha em minhas ideias efêmeras
minuto a minuto aprece e desaparece
em flashes de puro ódio e desprazer
o corpo gela o que o sangue aquece.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Amores relutantes

As partículas de sua pele ainda estão no meu quarto,
sentadas na beira da cama amarrando os sapatos.
O caminho não tem a mesma beleza de antes,
a volta é mais gelada do que os calores relutantes.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

História viva

Um autor ao acordar no meio da noite
se questiona o que estava a sonhar
será que era um pássaro carnívoro ou
um alazão com que esteve a falar?

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Noites cadentes

No céu preto eu acho que vi
um rajar cadente sobressair
do nulo muro de alguma Berlim
eis que tal luz veio a mim.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ardor

O suor que aos poucos escorre
presenciou o nascimento e a morte,
o surgimento da alegria indolor
da matriz que nos traz sorte.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Correnteza

Ainda não sabemos realmente o que é
mas isto nos arrasta, nos leva a outra direção
será que é a certa, ou é a direção mais poética,
não sei ao certo, só sei que és uma tentação.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Metamorphosis

Meu corpo pediu um pouco mais de alma
então eu o pedi para aguardar
já que ela deve estar vindo de algum lugar
que só você conseguirá buscar.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O navegar das almas

Enquanto navegávamos por mares agitados
te fiz liberto das correntes que te prendiam
ao tronco do destino pelo tom da pele
que um dia não mais repudiariam.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O que tem sido

Na rua de noite temos que temer,
já está tarde e corremos perigo,
assim como quem acorda cedo
em um dia de domingo.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Heaven

Toda noite eu te assisto dormir
e vejo o quanto você é linda,
a cada instante que paro para pensar
meus pensamentos me levam a ti.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sirenes

Em todas as prisões que eu estive
elaborei planos contra o tempo
para fugir dos sonhos que não terminam
e não desabam com a força do vento.

domingo, 24 de novembro de 2013

Mil Silhuetas

Da porta do meu quarto vejo a banda passar
do lado de fora da janela, cortinas a voar,
enquanto no interior do quarto você repousa
seu corpo no local que costumo descansar.

domingo, 10 de novembro de 2013

A forma-tua

Foram anos de batalhas, uma guerra
que lutei por um ideal, por todos nós
que mesmo em lugares distantes
não me deixaram um segundo só.

sábado, 2 de novembro de 2013

A um passo

Tristes olhos de claridão,
virdes a mim por inteiro,
através das vielas e rugas
de um destemido coração;

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Radioativo

Cabelos claros e lábios vermelhos,
assim a dama da noite me dominou
derreteu seu corpo sob a cama
e unificou o liquido que expirou.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Flashback

Do que adianta você vasculhar o passado?
Poderá me encontrar por horas, eu vou sumir
o caminho de volta é conhecido, apenas por mim
não vai reparar se alguém está a partir ou se algo foi partido.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A imagem da cor

Viemos a esse mundo unicamente para expressar
o quanto com o próximo possamos nos importar,
mesmo que não saibamos o que por ele foi vivido.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Gravitacional

Duas almas amarradas e ligadas por um só ideal,
duelam por mim sem haver ou prosperar o mal,
hora de me formar, este sim é o sinal.

domingo, 13 de outubro de 2013

Entrelençóis

Quando recebemos algo que não esperamos
o tratamos como nosso, em qualquer época do ano
mas quando esperamos e recebemos, e amamos
independente de quando, este é o momento que passamos.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Noites de outubro

Nas noites frias pós-inverno,
no desenrolar das cobertas,
a vinda do novo, de novo,
para mais algumas descobertas.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

No alto daquela árvore

Na sequência das notas de uma música
achei que tivesse escutado a sua voz
não foi somente uma ou duas, mais de uma vez
ouvi sua voz nas dos pássaros que ao cantar,
me confessavam os desejos que em ti vivi.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Um vencedor

Chega um momento nas nossas vidas que percebemos que existem pessoas que lutam por viver com o sorriso estampado no rosto e nós, que vivemos por viver reclamamos do ar rarefeito, do Sol quente ou da chuva gelada. Engana-se quem acha que os problemas não tem solução. Há uma solução, e sim isso é um problema, pois é difícil saber que há mas não conseguir encontrar.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Por um tratado

Um tratado de paz aqui será assinado
entre um assassino e o chefe de estado.
Outro tratado de paz aqui será assinado
entre os meus olhos e os seus lábios.

sábado, 7 de setembro de 2013

Forasteiros

Toda vez que eu saio a andar
querida olha que coincidência 
quando volto, aqui você está
dando voz a sua ausência.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

No núcleo do perdão fez-se furacão

Quando se está dentro de um furacão o som deixa de se ouvir, o chão deixa de ser seguro e passa a ser desconfortável. É um gavião indo direção contrária à tempestade. É a metáfora morta no meu paladar. Estar no furacão poderá bagunçar todo o seu cabelo, mas estar dentro dele vai ajeitar todo um mundo de imperfeições sem fim. Em alguns segundos você perderá toda a noção de tempo, em minutos se perguntará estou dentro do furacão ou ele está dentro de mim?!.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Destino: O novo ciclo

Uma nova Era se inicia no escuro canto do teu lado esquerdo. As memórias aparecem vivas na sua mente e faz com seus olhos as projetem para fora do corpo, não sei como isso foi possível mas está acontecendo, você pode ver. Quando um ciclo termina traz consigo um novo, que recicla todos os seus erros. Este ciclo que se inicia não te impede de errar, e erra quem diz que não cometerá o mesmo erro, pois este sim é nosso carma, errar várias vezes no mesmo caminho por mais curto que ele seja.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Movendo montanhas

A fé que ponho aqui é mais minha que tua,
pois as janelas que abrem as nossas almas
não pode ser fechadas por mais ninguém
pois não há caminho a não ser flutuar.

domingo, 28 de julho de 2013

Segredos de mergulhador

Venho aqui contar alguns segredos seus meu amor,
contarei aqui os motivos tolos que te faziam sorrir,
contarei aqui as pedras no caminho que te faziam chorar,
mas lembre-se amor, contarei tudo aqui antes de partir;

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A guerrilha

Te encontro ferida no canto esquerdo do quarto
esteve em guerra constante com as lembranças,
e a cada tropa batida em suas andanças
abria mais uma ferida que trazia dor, de fato.

sábado, 22 de junho de 2013

A origem da simetria

Todos me questionavam o que meus olhos viam em ti,
e meus olhos assimilavam os sentimentos a meu dispor,
eles abriam e fechavam em perfeita e eterna simetria,
eram silenciosos e deixavam ecoar o som do meu tambor.

terça-feira, 18 de junho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ferozmente mulher


Escrevi este para meu último seminário na faculdade. Inspirado na obra de Mia Couto, escritor moçambicano, "A confissão da leoa". O livro conta histórias de mulheres marcadas pelo descaso, violência e sofrimento, mas com esperança no olhar. O poema acima retrata apenas um pouco do que Mia Couto nos apresenta e foi assim que encerrei o meu último trabalho na faculdade letras.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Arcanjo

Então você precisa daquele livro antigo
para gritar sua fé a plenos pulmões
equilibrar-se em pontas de icebergs
deixar ser devorado por leões.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Céu de papel

Quando eu escrevo o céu se rasga ao meio, mas quando eu te escrevo, ele se custura em 'nós' dois. Através de um laço construído no passado, o hoje nos prende em um mesmo lugar. Espero que não se importe por eu colocar em palavras tudo o que fizemos.
O bom do poeta é poder recriar tudo o que aconteceu e aproveitar de sua poesia para criar tudo que evitamos.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Escarlate

Na porta da igreja viram um altar, duas almas acorrentadas ao fundo do mar,
nas escadas haviam resquícios de desejos e pecados, todos eles já escassos.
No auge do amor imaculado, dois corpos estirados lado a lado
e na ponta da faca o suor ainda se encontra em rubro estagnado.

domingo, 12 de maio de 2013

Todos os outros segundos

No final da estrada sempre vamos encontrar uma placa intitulada inicio. Quem a ver primeiro, tentará chegar aonde chegamos. Ela vai querer voltar? Ou ela vai desistir antes de chegar?
Cada gota que se faz presente na cachoeira de emoções representa uma parte de nós. Se ela não foi suficiente para desaguar e mover as rochas, ao menos serviu para nos encantar.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Deusa dos olhos de menina

Compartilhamos suas histórias, tentamos entender a minha. Você chegou para colocar cada tijolo que nessa casa faltava. Não sei se a sorte sorriu para nós ou se nós estamos sorrindo à ela, mas a certeza que eu tenho é que a única forma de agradecer é escrevendo isto aqui.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Aquele mundo

Há pouco tempo atrás deitávamos na grama sob as estrelas e planejávamos dominar o mundo, viajar por ai com mochilas nas costas e sem ninguém para atrapalhar. Nós trocávamos caricias que duravam uma noite inteira e nem percebíamos quando a Lua sumia e dava lugar ao dia. E realmente não foi há muito tempo que eu  disse baixo no seu ouvido que meu futuro já tinha um nome, que tinha o seu.

domingo, 14 de abril de 2013

O outro lado da porta

O céu anuncia que hoje vai chover, mas na verdade eu não me importo. Quando a chuva cair levar tudo que ainda tenha ficado, gravado no asfalto, em um tom amargo.

"Lembro de um dia em que me apresentaram à uma porta que até então estava entre-aberta. Eu a empurrei com toda minha força, procurando o que havia atrás dela. Logo observei uma luz que vinha daquela direção, e então eu morei naquela imensidão por dias e dias.

domingo, 7 de abril de 2013

No dia anterior

É como acordar em uma segunda-feira. O corpo cansado, a mente pouco presente e os olhos brilham com a luz solar. O que te fez acordar hoje já não é mais o mesmo motivo que ontem te fez dormir. E quem tem explicação para isso? Eu só quis acertar, eu quis te seguir passo a passo, tropeço a tropeço, até me esqueço...

sábado, 23 de março de 2013

Cloud Atlas

Seis línguas, seis sinais, seis vidas
conectadas por um ideal, o irreal.
Em plena harmonia, novas perspectivas
ao atirar-se da pedra, ideia genial.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Elegia

Imagem em meu cartão. / Pensar na vida é pensar em ti.
Que pensamentos se passam atrás de teu semblante? / Ora, o que teus olhos veem?
Ao acaso, que me olhou.

Veio a sucumbir ao medo da solidão. / Tua paixão, que ao céu vislumbrou

domingo, 3 de março de 2013

No relógio da mente

Se eu pudesse controlar o tempo, eu o faria correr,
para que a cada corrida ele pudesse te trazer até aqui.
Em todas as vezes que você chegar, eu o faria perder,
perder todo o fôlego que ele tinha quando trouxe você.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Terra da utopia

Carimbo no passaporte, terra a vista.
Viajei na utopia desconhecida.
Vi crianças sorrindo e brincando.
Vi brancas mulatas sambando.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O dom, a arma

Quando alguém possui uma arma forte é bastante comum ela ser usada diversas vezes. Usar não é o problema, mas o como ela é usada que precisa de muita atenção. Uma arma de fogo, por exemplo, se mal manuseada pode ferir gravemente alguém. Também é o que acontece com o uso das palavras.

Desde pequeno recebi um presente, que pelas dificuldades da vida tive que transforma-lo em um modo de escape, tive que transforma-lo realmente em arma.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O Ser Feliz

Ser feliz é viver cada minuto nos lembrando dos momentos tristes que vivemos, para que assim esses minutos se tornem um conjunto de prazerosos segundos. A felicidade é mais do que um estado de espírito, é um sorriso acompanhado de choro, um olhar bem compreendido, uma voz que não se ouvia há um bom tempo. Não precisa do Sol, do mar, precisa sim de uma compreensão ampla do que é viver.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Tu em versos

Os dedos dizem o que não é permitido falar,
Então deixe teu coração me transbordar.
Quanto tempo faz?
Tempo demais pra mim.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Heróis de vidro

Somos imbatíveis.
Não temos características de heróis, mas talvez até sejamos, tentando salvar um ao outro na esperança que o dia sempre termine bem.

Tenho o poder de transformar a escuridão em uma luz que reflete na imensidão dos teus olhos. Nunca esquecerei aquele brilho, um brilho que vinha de dentro, pois só você tem o poder de refleti-la como ninguém mais consegue, mesmo que não haja sequer uma lâmpada acesa.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um ano em dois suspiros

Toda vez que te olho eu me perco, me procuro, me acho e agradeço. E esta é minha forma de agradecer:
"Dizem que aquele pôr-do-Sol que vimos foi o mais bonito. Eu trocaria todos os sois do mundo por mais meia hora ao teu lado. Trocaria a lua do céu e a do mar por mais duas horas para te amar e se isso não for o bastante repito tudo até enganar o tempo, e de novo e de novo e de novo...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Conquiste em sonho

Tentei fugir de você, mas seu olhar pregou meus pés no chão, e nem sei como tirar...
Cada detalhe, em cada segundo, transformam-se em histórias que historiadores hão de contar. 
Singelo perdão abriu portas de uma imensidão, por fim...
Toda conversa, por horas e horas se perdem na eternidade, e quando você contraria meu roteiro, reclamo, mas entendo a necessidade que tem de reescrever o discurso.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Eloquase

Quase desisti de dizer isto aqui:

Procuramos sempre uma desculpa pra tudo. Uma desculpa que pudesse esconder nossas fraquezas, nossos medos, mas nem sempre conseguimos uma desculpa suficiente para enlaçar tudo, entregue como presente. Se nosso medo não consegue um confortável esconderijo, ele sente apenas medo. O medo de ter medo, de ter medo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

Eis que chega a roda viva...

Seguirei teus passos fielmente como religião. Guardo nessa caixa meu repertório de metáforas, jogadas para um bom entendedor. Deixemos a palavras de lado, por um segundo, por consequências de atitudes. Convenhamos que uma história bem feita passa bem distante da nossa. Essa é a graça. O acerto nunca foi planejado, o herói desajeitado e anti-social conseguiu a afeição da população.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O menino dos olhos do mundo

Um menino no colo de sua mãe e mil questionamentos. Um mundo em volta e apenas uma pergunta se faz presente. Será que todos veem como eu ? Aparentando seis anos de idade, o menino curioso como qualquer criança não podia ouvir um barulho que perguntava o que era. O tempo inteiro com o celular nas mãos, o menino colocava o aparelho na orelha, nas mãos, nas pernas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sapiência

Uma vez um sábio me disse que a vida era feita de etapas. Então eu o perguntei: Qual é a etapa mais feliz?
Ele não me respondeu. Foi embora com uma expressão de dúvida.
Anos se passaram, com elas suas etapas.
Procurei metade desse tempo o tal sábio, de sábio só a barba.

domingo, 21 de outubro de 2012

12.2008.10.2012

ATO I
Fim de ano, festa, felicidades, amizades, você.
Como não lembrar de um passado tão distante, aliás, o que são quatro anos ?
Não é nada, para quem demorou a vida inteira para se encontrar.
Em um determinado local (visitável, eu diria) algo aconteceu.

sábado, 29 de setembro de 2012

O Ser Mundernista

Um traço da modernidade, com um pouco de alienação
se a sociedade não te estender as mãos, não te preocupes
sempre haverá alguém para te dar atenção.

Você veio com a vanguarda, tentou inovar

domingo, 16 de setembro de 2012

O fio azul da bomba relógio

Toda vez que voltamos ao passado vemos tudo o que fizemos de errado. Nós erramos em não acreditar em nós, nos preocupamos demais com a imagem de casal feliz, perdemos tempo, nós não discutíamos muito, guardávamos tudo até que um de nós estourássemos. O que aprendeu com isso ? A desarmar a bomba relógio que existia em você ?

domingo, 9 de setembro de 2012

Wr Yng

Coloco meu disco antigo pra tocar, não tão antigo quanto nós,
o disco descreve nossas histórias, mas infelizmente
ele está arranhado logo na parte que essas histórias se encontram.

Ligamos o rádio, e mais uma vez a música nos envolve

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Bella Luna

A cada fio de cabelo, uma versão,
a cada dor, uma aflição.
sua sina, minha menina,
é nossa redenção.

domingo, 12 de agosto de 2012

Placebo

Hoje é a primeira vez que vejo o mundo daqui de fora, com outra visão, com uma visão mais otimista.
Vejo crianças brincando na rua como se nunca tivessem brincado.
Vejo pessoas sorrindo como se tivessem escutado a mais hilariante das piadas.
Me vejo nos olhares mais simples, dos olhos mais puros, nos corações mais fortes.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aequivalere

Imagina se o equilibrista se apaixonasse pela contorcionista ?
O mágico, irônico como sempre, diria: Ah, esse amor some e nem precisa colocar na cartola.
A mulher barbada, mal-humorada, diria: Burro ele. Ela nunca iria ...
O domador de leões, metalinguístico, compararia: Ela é o leão, e ele a jaula aberta.

domingo, 22 de julho de 2012

Na tarde de 11 de Julho

No final da estrada tem um ponto de ônibus me espere lá. Tire minhas dúvidas sem pegar nas minhas mãos, já que sou sujo demais para tal ocasião. Passou anos te escondendo, foi a juri popular por ocultação de defeito, em decomposição, há anos você tenta a auto-exumação para assim provar sua perfeição.

Ingênua ou não, usou do que tinha de mais forte para seduzir todos os outros réus.

sábado, 30 de junho de 2012

Construa

De sorriso a sorriso, contruí minha felicidade, de nada mais. Como um muro incompleto faltavam tijolos para completar, a luz que por este passava ofuscava o brilho do olhar mais puro, perdido na imensidão do horizonte. Tristeza proveitosa, tardia, eu diria, mas que me recompunha. Perdi tempo com o que me prendia, feito uma roupa ainda suja no varal ou uma música bem composta porém mal interpretada.

domingo, 15 de abril de 2012

E se

Se seu orgulho falasse, falaria o que você não se permitiu
se soubesse cantar, cantaria em um tom baixo, tão sutil.
Se teu orgulho ouvisse, ouviria um simples sermão
se ele escutasse, responderia em pausas: Não!

sábado, 7 de abril de 2012

Barca à esquerda

Parado à esquerda atrás das sombras estava-o
prendendo o fôlego por perdão em sua volta
ao passar da barca, avistei sua revolta,
aonde quer que ela vá, leve-o.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Parte da ausência

Muitos falam de jardins com flores, de manhãs com Sol, de céu com estrelas e de estrelas como você.
Alguns reclamam da ausência, condena à sentença, aprende a mostrar o que quer ser.
Aos poucos o erro aparece, e a verdade é ignorada para o seu bem.
Mais na frente planejam o futuro, mas em sua frente, esquecem do presente porque lhes convém.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sinal verde

00:00.
Estou esperando um sinal seu, de vida ou de ...
mesmo que seja mais uma crítica sua, um sinal.
Coloque entre ou sobre as linhas, de qualquer forma vou achar
pragueje, solte uma letra, uma virgula, realmente, só um sinal

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Teu Replantio

    O Jardim mais puro hoje não é mais o mesmo, pois as pétalas da rosa mais bela foram caindo uma a uma, sujando o verde da grama de vermelho, sujando o tapete divino de sangue. Perdida a sua beleza, o jardim foi colocado em prova, será que a ausência de apenas uma flor estragaria de vez o que um dia esteve perto da perfeição?

sábado, 24 de dezembro de 2011

Solaire Lune

O Sol se cansou de mim...
dos meus erros, do meu orgulho tolo

O Sol desistiu de nascer hoje...
se recusou a brilhar como antes

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Noite de inverno

Tudo me parecia tão certo, tudo me levava a você
as tardes de outono debaixo das árvores
contando nuvens deitados em nossos jardins.

Tudo me parecia tão rápido, tudo corria até você

domingo, 18 de dezembro de 2011

Karnal

Deitada naquela cama.. não sabia o que ela escondia
com um vestido curto, com um olhar fatal
dama das noites, com o seu poder carnal
a respiração profunda, meu olhar se perdia

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Circo da vida


Debaixo da lona viviam se intensamente, com um pouco de cada um, com muito  de todos. O mágico sumia sempre que queria fugir da realidade, se partia ao meio para agradar a todos.  A mulher ex barbada o fez isso para seguir as regras do padrão de beleza, cansou-se do rótulo de aberração. O equilibrista caiu, na esperança de alguém o segura-se, mas por falha humana o colchão não estava lá.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desumano

Em um mundo aonde errar é humano, quem não perdoa é pecador. Todas as noites peço perdão por isso, peço perdão por não perdoar aqueles que erram e erraram em pedir desculpas. Afrontei o mundo, com apenas meu orgulho na mão, como escudo, como espada.

Se um dia te feri por pouco, não foi a minha intensão, foi um plano mal planejado e muitas vezes reinventado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

There Must Be

There will be a day when we can live
where we take everything we want
where we need to lose to volorizarmos victory.

There will be a time when it will rain

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Soldado Egoísta

Compreensível seu sorriso deixado tempos atrás, a felicidade abria espaço para que eu lutasse por você, parti do pressuposto que te ver bem era normal, para que suas lágrimas não me derrubassem, perdi batalhas, perdi a guerra, mas o mundo é puro conflito, e guerras não faltam. Me apresentei, quis lutar novamente, tinha um objetivo e eu o queria mais que tudo.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Muro ao chão

Seus olhos me faziam prender a respiração
seu coração pulsava, assim me confidenciava
juras de amor, nunca antes ditas
que até seu intimo desconfiava

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dear Maria, count me in

Do inevitável surgiu algo que ninguém ousa explicar
de uma parte simples, de uma simples ilusão sem sentido
foi construído um prédio sem permissão
andar a andar, janela por janela,
fuga de um perdão.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uns

Desperdício de  emoções egoístas
palavras sinceras disparedas ao espelho
sem som, sem cor, internos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cartas Manchadas

O Sol brilhava através das nuvens
Você dizia o que eu queria ouvir
Tudo em nosso redor estava bem
Mas por dentro algo estava a ruir.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Poesia se faça Poesia

Da solução surgiu-se o problema
Das letras, palavras, das palavras, frases.
O criador diverge dentro de seus sinônimos
Assim chamado autor, não descreve no ato.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Em cartaz: Inimigo Íntimo

Você saiu pela aquela porta e foi assim que o filme acabou,
Mas quando tudo começou você já estava aqui comigo
Não precisou sequer encostar na maçaneta
Porque eu abri a porta pra você, como um ato de esperança..

Diário de um esquecido

O mundo escreve vidas com canetas indeléveis, caso ocorra um erro, o mesmo será rabiscado, com eu fui. Passei dias tentando entender, e noites tentando esquecer, mas não cheguei ao lugar nenhum. Meus pais, sairam de casa aos 18 anos, meus 18 anos. Meus irmãos, se recusaram a nascer, e eu a tê-los.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ação condicional

Aquele que  tem medo de ser perder
nunca vai conseguir se encontrar
Aquela que aprecia a beleza de um trovão
tem que esperar a chuva começar.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nada além ...

Quando você se foi não deixou nada, além ...
não pude te procurar, mas pude controlar
os sonhos que insistiam em te achar.

Os pensamentos percorriam ruas vazias

sábado, 9 de abril de 2011

Lugar que chamo

Passava as tardes contando histórias
Que se repetiam a cada pôr do Sol
Confidências trocadas a cada hora
Sem medo de que possa desconfiar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A covardia de um Réu

Inconsequente, errei ao acertar com você,
Busquei aprender com isso, mesmo que isso me reprovasse.
Tranquei as portas dos fundos, mas me lembrei de que você tinha a chave.
Então deixei você entrar, pois eu não estaria mais lá.
Não quis vender nada, apenas aluguei para o meu próprio medo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não feche as portas, eu volto para jantar

Quando você me vem à cabeça,
Você me suplica para que te esqueça.
Quando me permito sumir,
Você não desiste de sorrir.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carpe Diem

       O tempo diz mais do que qualquer palavra ou ação, meus pensamentos me parecem tão corretos, mas quando visto por outra pessoa não tem a mesma definição. Buscar, não é sinônimo de encontrar, mas nem por isso eu deveria ter desistido de nada. A sensação de ter deixado para tras coisas que poderiam ter sido mais aproveitadas, pessoas que poderiam ter sido mais amadas e de momentos que deveriam ser mais vividos.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A menina cor de gelo

       Em uma vila distante morava uma menina diferentes de todas as outras, com qualidades peculiares e defeitos domináveis. Ela vivia, de certa forma, triste e se deixava dominar pela raiva. Seus pais, plebeus, não conseguiam entender o motivo de tanta raiva e por isso a isolava de seus carinhos e afetos. Uma menina que tinha objetivos na vida, tinha amigos, tinha tudo para ser feliz, mas não era.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

E o conto de farsas

       Mais uma história de romance, um príncipe cheio de sonhos querendo conquistar a renomada princesa, dona de um mundo, no qual o príncipe daria a vida para viver. As vezes tento pensar que tudo vai dar certo, que tudo o que aconteceu foi apenas um começo e que essa interrupção foi só para aumentar a saudade, mas vejo que a saudade já não tem mais forças para viver, o que farei sem ela ? O que farei sem você ?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

As estações vêm e vão

Você é um belo dia de Sol
Aquele Sol fraco e que me enriquece
Como um belo dia de Primavera
Em que nada e nem ninguém me aborrece.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma ilusionista chamada: Saudade.

       Em uma tarde dei falta de ti e vi que seus olhos já não brilhavam como antes. Você aprendeu bem, me deu adeus sem se quer prover uma palavra, me fez ver que sem você eu não tenho a mesma força, a mesma alegria, sem você não poderia lutar com todas as minhas armas e que perder a luta era inevitável. Onde está aquela mulher pela qual me apaixonei? Sei que ela ainda está em algum lugar ai dentro, tire sua armadura, pois já joguei minhas armas no chão, tire essa raiva dos olhos, isso ofusca seu brilho.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Do ouro, às cinzas.

       Aqui estou eu de novo, buscando ter você por inteira e não apenas em palavras secas e nuas. O tempo sempre foi nosso aliado, mas de uns dias para cá ele se virou contra nós e decidiu que cada segundo fosse como uma facada ao redor do coração, não podemos esperar muito, pois quando dermos por nós, estaremos com um buraco vazio no peito.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Teu pesadelo é seu reflexo.

      Busco me afastar dos teus impuros princípios. Tento ver através dos teus olhos, mas algo me impede, tua hipocrisia talvez. Volte aqui! Sinto que ainda me esconde algo, e não descansarei até saber tudo o que tu pensas se é que pensas. Guardou tudo para você e não me deixou as migalhas dos teus segredos, mas eu serei capaz de recuperá-los, para que você veja o quão insensato você foi.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O passado passa, mas só você escolhe se ele volta ou não

       Ao abrir os olhos sinto imediatamente o brilho do dia, fico com preguiça de fazer qualquer coisa que não seja ficar aqui na cama, esperando que alguém aparecesse e me dissesse: Levante-se, está um lindo dia lá fora. Olho pela janela e vejo a chuva com seu inseparável companheiro trovão. - Belo dia. Eu enfatizo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Amorícidio

Entro naquela úmida sala
e vejo uma tímida senhora
debruçada em um leito ao relento,
tremula e a chorar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Permita-se viver, me ame.

       Meus segredos mais ocultos pertenceram a você de uma tal forma que não há como retirá-los de um dia para o outro. Tudo que está no passado um dia voltará a tona e o que pretende fazer quando isso acontecer ? Fugir e dizer que não sabia de nada ? Ou dizer tudo que sabe e ainda dizer que não se arrependeu ?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Você corre nas minhas veias

       Venta lá fora e o máximo que sinto são brisas quentes aqui dentro, será que você está aqui ? Te ouço por alguns segundos. Diga-me a que veio e tente novamente me fazer sorrir; Sei que você é capaz de trazer a lua para mim em uma caixa estreita e eu seria capaz de te levar até lá. Meus olhos se fecham mas não consigo dormir, com eles abertos não consigo ver nada, mas quando tudo fica escuro a unica coisa que vejo é você se despedindo com lágrimas singelas nos olhos.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

As palavras falam por si

       Mostre me que a decisão que tomei foi a correta, mostre me que o que sentia era culpa da maldita carência. Dias e noite se passaram e você ainda está aqui. O que desejas ? Meu amor evaporou como uma poça d'água em dia de verão e segundo a meteorologia não irá chover nos próximos 30 anos. As tentativas frustradas  me fizeram perder forças e com ela a esperança de um dia sentir algo tão intenso de novo, daqui pra frente tudo será reflexo do que um dia já foi verdade.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O simples ato de voar


Ao se deparar com a chuva veraneana,

diante ao medo ou disturbio,
a andorinha fugiu, simplesmente fugiu.
Em seu refugio ela viu o cessar da chuva,
estava distante, indiretamente previu,
então ela previu, simplesmente previu.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bem vindo ao mestre

  Ontem era tudo diferente mais hoje quando abro os olhos vejo uma luz que antes não existia, um brilho que ontem estava ofuscado. O que será que mudou ? De um dia para o outro a vida tomou um rumo diferente, os pensamentos não eram mais os mesmos, a verdade não era absuluta.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai, o presságio do meu futuro

       Será que é fácil ser responsável por outra vida ? Saber que aquele ser humano será o teu espelho um dia, não só fisicamente, ele também seguirá os teus passos, fará o possível para ter o mesmo caráter que o seu, será que quando um pai olha para seu filho, ele se enxerga nele ?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Deixa o tempo decidir

       Chegamos em uma fase onde tudo que fazemos é errado, apenas quando amamos estamos fazendo o certo. Se você também acredita nisso, hoje saberás que não é bem assim. Até no amor existe o certo e o errado, será que é tão errado gostar de outra pessoa ?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aviso prévio de que nada está bem

       É tão estranho quando vocês está perto das pessoas que mais gosta e estar infeliz. É tão difícil você ver que não está bem e ninguém está nem ai. Então você resolve tentar entender o que está se passando consigo mesmo, mas as respostas não aparecem e com o passar dos minutos você vê que estão cada vez mais longe.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Medo, a voz da consciência

       O que seria o medo ? O medo é a incapacidade de você dizer que consegue, que você pode dizer o que quiser, que aquilo na sua frente não o fará mal. Quando você tem vontade de dizer uma coisa à alguém, mas pensa duas vezes antes de falar e nessa segunda vez você sente medo, então você recua e não diz o que sente. Todos tem medos, incontroláveis ou até medos infantis, é mais que uma opinião, é universal.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dor como herança

       Você nasce, sem querer, e cresce convivendo com pessoas, se acostumando com lugares e cheiros, até que do nada, tudo some, todos somem. Papéis se invertem e você não sabe o que fazer, pois ainda é pequeno e não entende muito bem o que estava ocorrendo ali. Você está acostumado a ter seus pais por perto, mas de um dia para o outro, não consegue enxerga-los como seus pais e sim como seu pai e sua mãe, uma divisão de sentimentos, angustias e forças.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A carta de alforria

       Na maioria das vezes, nós não queremos nos prender a nada, mas nem sempre é assim. Ficamos presos à algo ou à alguém e quando, finalmente, nos libertamos, nos dá uma sensação de alívio. E nesse processo muitas coisas nos vêm à cabeça e não consiguimos expor esses sentimentos. Para jogar isso tudo para fora e não atingir ninguém, o melhor remédio é escrever.